O dia 5 de maio de 2010 ficará por muito tempo na memória dos torcedores do Corinthians. Na noite daquela quarta-feira, a equipe conheceu uma de suas mais dolorosas eliminações na Copa Libertadores da América, diante do Flamengo, em pleno Pacaembu.
Era o ano do centenário do Timão. Um ambicioso e corajoso projeto foi construído pelo presidente Andrés Sanchez, na intenção de conquistar a inédita taça do torneio continental em uma das datas mais importantes da história do clube.
Comandado por Mano Menezes, o time era formado por nomes bem conhecidos da torcida alvinegra. O goleiro Felipe, o lateral Alessandro, os zagueiros Chicão e William, os volantes Ralf e Elias, os meias Danilo e Jorge Henrique e o atacante Dentinho. A cereja do bolo, claro, era a presença de Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno, que conferiam ao elenco o caráter de candidato ao título.
E assim foi na primeira fase da competição. O Corinthians teve a melhor campanha geral, com 16 pontos conquistados em 6 jogos, e a invencibilidade preservada. Nas oitavas de final, enfrentaria o Flamengo, último time a se qualificar para o mata-mata.
O favoritismo dos paulistas, porém, não entrou em campo na primeira partida. Em um Maracanã castigado pela chuva, o Rubro-Negro fez frente ao badalado Corinthians e contou com o brilho de seu próprio astro, Adriano Imperador, para garantir a vitória de 1 a 0 com um gol de pênalti.
Na volta, o Timão precisaria vencer por dois gols de diferença para avançar. No Pacaembu lotado, a equipe foi pra cima e abriu 2 a 0 ainda na primeira etapa, gols do zagueiro David (contra) e Ronaldo, de cabeça. Os donos da casa foram para o intervalo se classificando.
De volta à etapa final, o Flamengo entrou mais ligado. Logo aos 4 minutos, dos pés de Vagner Love, que hoje defende as cores do Corinthians, saiu o tento do time carioca. Mesmo com tempo no relógio, o Alvinegro não conseguiu assimilar o golpe e a partida terminou em 2 a 1, e com a classificação rubro-negra.
Acabava ali o sonho centenário do Timão. No ano seguinte, o último de Fenômeno no clube, uma nova eliminação, essa ainda mais doída, marcaria a memória da torcida. O Tolima-COL foi o algoz da vez, tirando os brasileiros na fase pré-Libertadores. A redenção acabou vindo sem Ronaldo, em 2012.