Mirando Mundial, Dani Lins sofre por ficar longe da filha
Por André Garda*
Barueri, SP“A gente estava falando sobre isso hoje de manhã. Ela (Jaqueline) falou: ‘Dani, agora no começo, você sente mais falta do que ela. Mais para frente ela vai sentir falta e você vai sentir falta’. E eu falei assim: ‘Nossa estou sofrendo já assim’. Ela não vem comigo para Barueri de manhã e eu já estou sentindo saudade nessas quatro horinhas. Chego em casa quero pegar, abraçar. Vai ser complicado, mas é o meu trabalho”, afirmou a jogadora de 33 anos, que não participará da Liga das Nações.
“O (meu marido) Sidão falou: ‘vai tranquila que eu vou ficar com ela aqui’, mas não é a mesma coisa, né? Aquele vínculo. Ela vai fazer três meses, então ela sente minha falta. Às vezes ela chora e nem minha tia (que está cuidando dela) nem o Sidão conseguem acamar ela. Eu pego e ela acalma na hora. Só o cheiro eu acho. E isso me deixa tão tocada que eu penso na hora que eu for viajar”, completou.
Como ainda está retornando do pós-operatório, Dani Lins ainda está fazendo treinos leves, sem saltos e movimentação intensa. Apesar disso, ela está mirando disputar a Copa Pan-Americana, torneio que o Brasil levará uma equipe alternativa, para ganhar ritmo e o Mundial.
“Eu fico aqui treinando e tem a Copa Pan-Americana, que estou me preparando para esse campeonato que eu acho que vou jogar. Vou ficar treinando com a Lara junto, vou levar ela aonde eu puder. Se der ela vai comigo para a República Dominicana. Vou progredindo aos poucos”, disse a levantadora, que dependendo do estágio de sua recuperação pode não ir para a Copa Pan-Americana. “Meu foco mesmo é o Mundial. Os outros torneios vão ser para pegar ritmo de jogo, porque estou sem nenhum. Estou um ano sem jogar”.
*Especial para a Gazeta Esportiva