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Apenas seis pessoas sobreviveram ao acidente aéreo do dia 29 de novembro de 2016 (Foto: Divulgação/ACF)

ANAC negou pedido de voo fretado que levaria Chape até a Colômbia

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
A delegação da Chapecoense chegou a solicitar um voo fretado para ir à Medellín, na Colômbia, para disputar a partida de ida da grande decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. O pedido, no entanto, foi negado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), segundo informou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon.

“Nós estávamos previstos para estar nesse voo. Inicialmente, a gente iria num voo fretado, mas a ANAC não liberou e nós optamos por ir em voo regular hoje de tarde. Mas voltaríamos nesse voo (que caiu). Esse avião teve um pedido indeferido, porque há um acordo internacional de que, quando há fretamento de equipes brasileiras, só podem ser feitos por aviões dos países de origem e destino”, disse em entrevista à TV Globo.

Equipe da Chapecoense posa para foto antes do embarque

Equipe da Chapecoense posa para foto antes do embarque



Em nota oficial, a Agência explicou a razão da proibição. O voo até a Colômbia seria operado pela Lamia, empresa boliviana de aviação. De acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e a Convenção de Chicago, o acordo com a Bolívia não prevê operações como essa e, por isso, a viagem deveria ser realizada por uma empresa aérea brasileira e/ou colombiana. A ANAC só autorizaria o fretado, direto, nestas condições.

Devido à não autorização de um fretado direto da Anac, o voo, com escala, pousou na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de seguir rumo à Medellín.

De acordo com o portal UOL, o mesmo procedimento foi tomado na partida também na Colômbia, contra o Junior Barranquilla.

O avião que levava a delegação da Chapecoense para a primeira final da Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional de Medellín sofreu um acidente, após uma pane elétrica e um pouso forçado na região de Antióquia, na Colômbia. A aeronave tinha 81 pessoas no total: 72 passageiros e nove tripulantes – 22 eram atletas e outras 21 pessoas ligadas ao clube catarinense, sendo alguns jornalistas.

Veja abaixo o comunicado oficial da Agência Nacional de Aviação Civil:

Brasília, 29 de novembro de 2016 - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informa que a empresa boliviana Lamia Corporation solicitou autorização de voo à ANAC para o transporte do time de futebol Chapecoense que faria um torneio na Colômbia. O voo partiria do Brasil para a Colômbia, na segunda-feira, 28/11, segundo a solicitação. O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada.

Complementando a negativa do pedido, a ANAC informou ao solicitante do voo que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira e/ou colombiana, conforme a escolha do contratante do serviço, nos termos dos acordos internacionais em vigor.

A ANAC se solidariza com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, 29/11, com o time da Chapecoense, nas proximidades de Medellín, na Colômbia.

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