Na conversa, o atacante do Real Madrid e companheiro de Vini Jr. elogiou a campanha da entidade brasileira e espera "que o mundo inteiro de continuidade" ao ato.
"Uma campanha muito legal que a CBF está fazendo, até o nosso uniforme que vai ser todo preto. Uma manifestação muito importante, não só pelo caso do Vini, mas também por todos os casos que muita gente passa, mas não tem voz. Nesse caso do Vini, estava dentro de campo, eu vi, foi realmente um dia muito triste e eu também senti isso na pele. É uma manifestação muito importante, que eu espero que o mundo inteiro tenha continuidade", afirmou o atacante revelado pelo Santos.
Na sequência, Rodrygo negou que a Espanha seja um país racista, justificando que o preconceito está presente "no mundo inteiro". O atleta também falou que já sofreu injúrias raciais.
"Acredito que a Espanha não seja um país racista, o racismo está no mundo inteiro, pode ter pessoas aqui que sejam racistas, mas a Espanha em si não é racista. Estava ali dentro do campo, ouvi o estádio inteiro gritando mono (macaco em espanhol). Como eu falei também acontece comigo, eu sou negro também como o Vini", iniciou.
"Então, posso não ter escutado, como o Vini que viu de frente o cara fazendo o gesto. Na hora, eu não vi, achei que estava reclamando de outra coisa, na hora, que eu vi quando ele estava falando disso, também fiquei muito triste, inclusive no vestiário ele estava bem abatido, foi expulso, foi um dia bem complicado", concluiu.
Desde a temporada 21/22, Vini Jr. vem sofrendo com o racismo no futebol espanhol. O mais recente foi em Valência, em partida pelo Campeonato Espanhol, com o fato ganhando repercussão mundial.
