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Eduardo Baptista, ex-técnico da Ponte Preta, para falar sua saída da equipe de Campinas durante entrevista coletiva na Sala de Imprensa do Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). O treinador, de 46 anos, despede-se da Macaca após disputar 43 jogos.

Baptista prevê pressão da torcida em 2017: "Já seria difícil para o Cuca"

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

Campinas, SP
Eduardo Baptista, ex-técnico da Ponte Preta, para falar sua saída da equipe de Campinas durante entrevista coletiva na Sala de Imprensa do Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). O treinador, de 46 anos, despede-se da Macaca após disputar 43 jogos.

Baptista disse que o futuro técnico do Palmeiras sofrerá com a pressão da torcida (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



O técnico Eduardo Baptista não quis confirmar o acerto com a diretoria do Palmeiras, mas disse esperar um ambiente de pressão para o comandante que substituir Cuca em 2017. O treinador comunicou nesta sexta-feira o desligamento da Ponte Preta e deve ser anunciado nos próximos dias pelo Verdão.

Eduardo Baptista fez questão de frisar que analisava o Palmeiras com uma perspectiva de fora. Ele disse que se reunirá com a família para estudar diversas situações antes de oficializar o clube que comandará na próxima temporada.

"Já seria um ano complicado para o Cuca, que ganhou o campeonato. O profissional que entrar vai pegar um clube organizado e com poder financeiro alto. Os jogadores são de alto nível e a torcida é apaixonada, mas terá uma responsabilidade imensa. O profissional que o Palmeiras escolher tem que saber de tudo isso. É o que vejo daqui. Para o Cuca já seria difícil", disse.

O treinador afirmou que "só de ser lembrado [pelo Palmeiras] já é uma grande coisa". "Estamos sendo vistos de uma maneira diferente. Toda a filosofia que plantamos aqui foi evidenciada. Ser lembrado é um mérito, massageia o ego. Mas não podemos nos empolgar e nos iludir", disse o ex-comandante da Macaca. "Tenho que ter os pés no chão e esperar para ver como as coisas acontecerão".




Eduardo Baptista deve seguir nos próximos dias para São Paulo, onde discutirá com a diretoria alviverde as últimas bases do seu contrato. Ele declarou que no atual momento da carreira a questão financeira está em segundo plano. O técnico diz que aceitará o projeto do Verdão caso concorde com o planejamento para 2017.

"O Palmeiras é um time de dinheiro, como outros, e vive um momento melhor. Mas não é dinheiro que vai me contratar. Eu estou no início da carreira, começando a construir, e a última coisa que penso é no financeiro. Vou olhar o projeto que vão me oferecer. Quero conhecer as pessoas que dirigem o clube e qual é o pensamento delas", disse o técnico.

"Sair da Ponte Preta para ganhar dinheiro não é o que eu quero fazer. Sairei para brigar em um outro nível e para buscar outras coisas. O aporte financeiro é importante, mas não é o lado que priorizo, não", completou.

Eduardo Baptista, ex-técnico da Ponte Preta, para falar sua saída da equipe de Campinas durante entrevista coletiva na Sala de Imprensa do Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). O treinador, de 46 anos, despede-se da Macaca após disputar 43 jogos.

O técnico Eduardo Baptista convocou uma coletiva para se despedir da Ponte Preta (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Cuca, campeão brasileiro pelo Palmeiras, não renovou o contrato para tratar de questões pessoais. Ele deixou a base do time montada e três reforços contratados para 2017: os meias Raphael Veiga, ex-Coritiba, e Hyoran, ex-Chapecoense, e o atacante Keno, ex-Santa Cruz. Há também um acerto encaminhado com o meia Alejandro Guerra, do Atlético Nacional-COL.

O Palmeiras terá como principal obsessão em 2017 a conquista da Copa Libertadores. O título continental é o desejo de Maurício Galiotte, que assumirá a presidência no lugar de Paulo Nobre, no próximo dia 15. Galiotte tem à disposição um fluxo de caixa volumoso para contratar reforços, além de uma relação boa com a patrocinadora Crefisa. O acordo com os investidores vence em janeiro, mas há negociações para estendê-lo por mais temporadas.

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